A fauna da Bíblia
Numerosas passagens da Bíblia aludem a animais, cujos costumes são frequentemente citados como exemplo.
É assim que Isaías sublinha a fidelidade do boi e
do burro para opô-la à ingratidão de Israel para com o seu Deus: «O boi conhece o seu
possuidor, e o jumento, o estábulo do seu dono; mas Israel nada conhece, o meu povo
nada entende.» (Isaías 1, 3.)
Quanto ao autor
dos Provérbios, dá este conselho ao
preguiçoso: «Vai, ó preguiçoso, ter com a
formiga, observa o seu proceder e torna-te sábio.» (Provérbios 6, 6.)
Os animais domésticos,
quer se trate das ovelhas ou das cabras, dos bois ou dos jumentos, ocupavam
então um lugar importante na vida quotidiana.
Por outro lado,
os animais selvagens, tais como os leões, os ursos ou os javalis, constituíam
um perigo constante, a que os pastores estavam muito particularmente expostos
quando conduziam os seus rebanhos em pastagens isoladas.
É por vezes
muito difícil saber com exactidão a que tipo de animal o autor bíblico quer
referir-se.
As traduções
nem sempre concordam de uma versão para outra.
É assim que num
versículo que citamos em baixo (Ezequiel 16, 10) se fala de sapatos de «pele de
texugo», segundo a Authorized Version
inglesa. Mas outras propõem o golfinho, a foca, o dugongo para traduzir o hebraico
tahahs, que a Bíblia de Jerusalém traduz por «couro fino», ao passo que a versão
portuguesa da Difusora Bíblica (que
seguimos nesta edição do Atlas) propõe
«cabedal fino».
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“Deus disse:
«Que a terra produza seres vivos, segundo todas as espécies.» (Gn 1, 24)
O reino animal |
"De três em três anos, a frota de Tarsis trazia ouro, prata, marfim, macacos e pavões.» (1 Rs 10,22)