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São Domingos de Gusmão fundou a Ordem dos Pregadores

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  São Domingos de Gusmão nasceu em Caleruega, província de Burgos e diocese de Osma em Castela-a-Velha, no ano de 1170.  Pouco se conhece da sua biografia documentável. O pai desejava que se tornasse um homem de armas, mas a vontade de Domingos não era essa. A partir dos 6 anos a sua educação foi conduzida por um tio sacerdote (arcipreste) e aos 14 anos entrou na Universidade de Palência onde estudou filosofia e teologia. Quando terminou os estudos integrou a diocese de Osma e em 1203, juntamente com o respetivo bispo partiu em direção à Dinamarca ao serviço do rei Afonso IX . Ainda em Espanha aconteceu que durante uma discussão com o dono da pensão onde se hospedara em Tolosa conseguiu convertê-lo. Este facto revelou-lhe a sua vocação de apóstolo. Mais tarde (1215), em Tolosa, nasceu a primeira casa da ordem dos Irmãos Pregadores – assim também são conhecidos os Dominicanos. Após a viagem à Dinamarca dirigiu-se a Roma com o objetivo de receber autorização do Papa Inocê

Arianismo, heresia contra a distinção de Pessoas na Santíssima Trindade

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O arianismo A formulação do dogma trinitário foi a grande empresa teológica do século IV, e a ortodoxia católica teve o Arianismo como adversário. O Arianismo entroncava em certas doutrinas antigas que acentuavam de modo exagerado e unilateral a unidade de Deus, a ponto de  - destruírem a distinção de Pessoas na Santíssima Trindade - « Sabelianismo » -  ou de «subordinarem» o Filho ao Pai, fazendo-O inferior a Este - « Subordinacionismo ». Os ensinamentos do presbítero alexandrino Ario (256-336) eram inspirados por um Subordinacionismo radical , o qual não só fazia o Filho inferior ao Pai, como negava inclusivamente a sua natureza divina. A unidade absoluta de Deus proclamada por Ario leva a considerar o Verbo apenas como a mais nobre das criaturas, não Filho natural, mas filho adoptivo de Deus, ao qual de modo impróprio era lícito chamar também Deus. A doutrina ariana revelava uma clara influência da filosofia helenística, com a sua noção de Deus supremo - o Summus D

As heresias dos primeiros tempos do Cristianismo

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  As heresias dos primeiros tempos do Cristianismo “Os primeiros cristãos sofreram a dura prova externa das perseguições . Internamente, a Igreja teve de enfrentar outra prova não menos importante: a defesa da verdade ante correntes ideológicas que procuraram desvirtuar os dogmas fundamentais da fé cristă. As antigas heresias - que assim se chamaram essas correntes de ideias - podem dividir-se em três grupos diferentes. Por um lado existiu um judeo-cristianismo herético , negador da divindade de Cristo e da eficácia redentora da sua Morte, para o qual a missão messiânica de Jesus teria sido conduzir o Judaísmo à sua perfeição, mediante a plena observância da Lei. Um segundo grupo de heresias - de aparecimento mais tardio - caracterizou-se pelo seu fanático rigorismo moral , estimulado pela crença num fim dos tempos iminente. No século II, a mais conhecida destas heresias foi o Montanismo , embora, na Africa latina, nos princípios do século IV o extremismo rigorista fosse a

O Papa Inocêncio III e o IV Concílio de Latrão

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  O ideal de Inocêncio III O temporal - o político - submetido ao espiritual e este ao eterno - essa era a visão do mundo que Inocêncio III desejava que todo homem levasse em seu coração. E esse o ideal que o Papa Inocêncio III apresenta aos Padres do IV Concílio de Latrão , realizado em 1215. Essa assembleia - a mais importante da Idade Média - foi verdadeiramente o reflexo da cristandade romana pelo número (mil e duzentos) e pela variedade (bispos, abades, priores, embaixadores) dos participantes. Inocêncio III dominou toda a reunião, ainda que as decisões do concílio tenham marcado um momento importante na vida da Igreja. O IV Concílio de Latrão em 1215 Os pontos principais deste concílio foram - a urgência de uma reforma da Igreja (cuja necessidade se impõe durante esta época, no seguimento da fundação das novas ordens, a dos Franciscanos e a dos Dominicanos ); - a definição da doutrina da transubstanciação , segundo a qual a substância do pão e do vinho se transfo