Chamados a viver para sempre | És cristão… porquê?
No caminho da vida, todos nós encontramos a morte: uma pessoa querida, um amigo, um conhecido.
Sentimos a sua
morte como uma coisa terrível, como uma injustiça
Quanto à nossa
morte... preferimos não pensar nela.
Sentimos o desejo irresistível e profundo
de viver, de uma vida que não tenha fim nem para o corpo nem para o afecto que
nos liga às pessoas que amamos.
Na Bíblia, Deus
diz-nos que temos razão: fomos criados para uma vida imortal.
Mas então,
porquê a morte?
S. Paulo
explica que a morte é consequência do pecado:
«...Por
culpa de um só homem, o pecado entrou no mundo e, por causa do pecado, a morte,
e assim a morte estendeu-se a todos os homens, porque todos pecaram...»
(Rom 5,12).
O pecado, que é
rejeição de Deus, põe-nos fora do seu projecto de vida e de salvação: é essa a verdadeira
morte; a morte física não é senão a consequência do pecado.
Jesus, que veio
para nos salvar desta dupla morte, disse que Deus «não é Deus dos mortos mas dosvivos» (MI 22,32).
Portanto, Deus ama a vida e não a morte!
De facto, em Jesus Cristo, a nossa morte
foi vencida.
Ele, aceitando
morrer como nós e por nós, venceu o pecado, causa da morte.
Ele,
ressuscitando, derrotou a morte: o cristão que tem confiança em Cristo sabe que
a morte é só uma passagem para a vida definitiva em Deus:
«Ele
enxugará todas as lágrimas dos seus olhos, e não haverá mais morte, nem luto,
nem dor...» (Ap 21,4).
Donde que, do
lado de lá da morte nos espera a vida.
Assim, os
nossos entes queridos que morreram na fé estão vivos em Cristo.
Para quem
acreditou e esperou em Cristo é vida de glória, ao participar para sempre na
alegria de Deus (nós chamamos-lhe: paraíso).
Porém, Jesus
adverte-nos: já que Deus nos fez livres, há em nós a tremenda capacidade de nos obstinarmos na rejeição do seu amor.
O homem que agisse assim, pôr-se-ia por si mesmo fora da alegria de Deus: condenar-se-ia
a si mesmo.
É isto o
inferno, a terrível possibilidade de dizer não para sempre, até para além da
morte.
Talvez tu
penses que este juízo de Deus esteja
todo concentrado nos últimos instantes de vida.
Jesus prefere
falar-nos de um juízo contínuo, quotidiano.
Quem aceita
Cristo e a sua palavra «passou da morte para a vida» (Jo
5,24).
Quem O recusa,
já está condenado «porque a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas que a luz»
(Jo 3,19).
Compreendes
agora o valor que tem cada instante da tua vida: és chamado a fazer uma opção
que vai para além do momento que estás a viver e assume um significado eterno.
De facto, o
cristão é chamado a verificar continuamente a sua vida. Ninguém pode dizer que
já chegou, que é perfeito.
Jesus expressou-o
com estas palavras: «Está próximo o Reino de Deus, convertei-vos
e acreditai no Evangelho!» (Mc 1,15).
Eis, em
síntese, a proposta cristã: converter-se sempre, ou seja: acolher a palavra de
Cristo, reconhecer-se pecador, pôr-se humildemente a caminho, iluminados e
guiados por esta Palavra.
Lê no Evangelho
Lucas cap. 12,35-48
(todos os dias se cumpre o nosso juízo)
João cap. 11 – todo
(Jesus perante a morte do amigo Lázaro)
Fonte: “És cristão… porquê? – Primeira proposta de fé aos adultos”, M. Costa – R. Giordano | Imagem