Para as sogras | Decálogos com picantes
Dez mandamentos para as sogras
1.º - Amarás teus
genros e tuas noras como se fossem teus filhos e tuas filhas.
2.º - Não pronunciarás
os seus nomes com ódio ou com aborrecimento. Não lhes levantarás a voz, não
resmungarás por tudo e por nada.
3.º - Não lhes
estragarás os planos indo passar a sua casa os fins-de-semana, ou os domingos,
um após outro, amesendando-te com eles.
4.º - Honrarás a
seus pais e a suas mães, teus consogros, que têm, como tu, o mesmo direito aos netos.
5.º - Não matarás
o amor da tua filha desfazendo do «trouxa» do marido, nem assassinarás o amor
do teu filho, verberando a «sanguessuga» da mulher.
6.º - Tenham um
filho só ou tenham vinte não meterás o nariz onde não és chamada, quer pedindo-lhes
mais, quer exigindo-lhes menos.
7.º - Não lhes
roubarás a harmonia, a paz, o calor ou o tempo. Nem lhes furtarás com denguices
ou dinheiro o amor dos filhos, ainda que sejam teus netos.
8.º - Não
mentiras às amigas quando vier dizer quanto ganha o teu genro, ou no momento de
celebrar as mãos de anjo da tua nora.
9.º - Jamais
ousarás falar ao teu filho na sorte que podia ter tido se casasse com a mulher
que tu querias. Nem farás desejar a tua filha o homem com quem sonhavas.
10.º - Não cobiçarás
genros alheios mais amáveis que o teu, nem noras alheias mais trabalhadeiras do
que a tua. Nem farás com que os mais cobicem os teus netos, à força de encómios
e exageros.
Estes dez mandamentos se encerram em dois: amarás a Deus sobre todas as coisas e a
teus filhos de adopção como a teus próprios filhos e, portanto, como a ti mesma.
Fonte: “Bornal de Peregrino”, Valentim Galindo
(1972) | Imagem