Papa Gregório I, também conhecido como Gregório, o Magno
Gregório, o
Magno foi o primeiro monge no sólio pontifício: pertence à Ordem
Beneditina e reina de 590 a 604.
As suas obras mais
significativas como pontífice, são,
- por um lado,
a nova ordem da administração eclesiástica, que abarca a Itália e os países
vindos à cristandade
- e, por outro,
a prudência e sagacidade do seu método evangelizador, traduzido em munir de
administração e organização eclesiástica cada região, logo que esta seja visitada
pelos missionários.
Para tal, ele atende
sempre as condições locais em cada distrito diocesano dos povos germânicos, e respeita
também o poder secular real.
Evita
invariavelmente o peso excessivo do primado jurisdicional apostólico para
obviar a qualquer controvérsia, e procura familiarizar paulatinamente os novos
cristãos com a autoridade paternal do pontificado, apresentando-se como servus
servorum Dei, servidor dos servidores de Cristo (os seus
sucessores arrogam-se oficialmente o dito título).
Mediante esta
política cristianizadora, ele prepara - como primeiro papa medieval - uma
estreita vinculação da Igreja aos monarcas germânicos, que será fundamento de
toda a política ocidental posterior.
Com o
desaparecimento do Senado romano, o pontífice adquire também o mando político em
Roma, visto ser a personalidade mais prestigiosa da urbe.
Além disso,
Gregório é um formidável pastor de almas, em virtude das suas arraigadas
convicções.
Na medida em
que nunca cultivou a teologia especulativa, antes tendo sido intérprete das crenças
populares, é considerado o fundador do catolicismo vulgarizado.
Ele exige
veneração aos santos e as relíquias, bem como fé nos milagres.
Todavia, não
pretende com isto degradar a fé, mas antes adaptar o pensamento teológico à
receptividade dos tempos e, principalmente, dos povos recém-iluminados pelo
cristianismo.
Umas oitocentas
e cinquenta mensagens e epístolas dão-nos testemunho da sua actividade
evangelizadora e são, ao
mesmo passo, importantes documentos da teologia medieval primitiva.
Música sacra
Fundação de uma
schola cantorum em Roma.
São Gregório,
o Magno, alcança tal prestígio com a sua ordenação do canto litúrgico que
mais tarde será considerado como o verdadeiro criador do coral, e dar-se-á a
denominação de «coral gregoriano» a todos os cantos latinos monódicos sem
acompanhamento musical.
No entanto, o
que hoje se entende por semelhantes cantos data do século VIII ou finais do VII.
Inglaterra
No ano de 596,
o papa Gregório envia a Inglaterra quarenta missionários beneditinos
para cristianizarem os Anglo-Saxões.
Por volta de
597, ocorre a primeira conversão maciça.
Em 601,
converte-se ao cristianismo o rei Etelberto de Kent, graças à mediação
de sua esposa, a princesa franca Berta.