Ordem dos Pregadores e Família Dominicana
A «Família
Dominicana» é o conjunto de entidades e organismos com actividade em
território nacional que pertencem à «família» espiritual de São Domingos de Gusmão e à Ordem dos Pregadores.
O carisma de S. Domingos, dom de Deus
para a Igreja, é uno e indivisível: a graça da pregação que se nutre e cresce na
contemplação.
Este carisma,
pela sua grande vitalidade apostólica vai-se revelando sucessivamente ao longo
do tempo com nova e expressiva riqueza e, por sua vez, torna-se realidade histórica
concreta mediante formas e maneiras de estar diferentes de vida apostólica,
graças à sua grande capacidade de entusiasmar mulheres e homens, jovens e
adultos, crentes em Jesus e testemunhas do Reino.
O nome de “Ordem
dos Pregadores” designa aqueles que chamados pelo Espírito Santo, e
cujo modo de vida, confirmado pela Igreja, deriva do carisma particular dado a
São Domingos.
O nome “Família
Dominicana” evoca a junção mútua visando uma maior unidade de, todos os
chamados pelo mesmo Espírito a participar de diferentes formas neste carisma.
Em diferentes etapas históricas e sucessivas, ambas constituem um processo
homogéneo e sem quebras.
Todos na
Família Dominicana nos sentimos unidos, irmanados, pela única missão de
pregação "da palavra de Deus, anunciada ao mundo em nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo", segundo o estilo de Domingos.
No decorrer do tempo
nascem do mesmo tronco da Ordem novos grupos com os seus projectos de vida e missão,
inspirados nos traços característicos do carisma Dominicano, e adquirem formas
jurídicas diferentes, de acordo com a época.
Na actualidade:
- Os Frades prometem obediência ao Mestre da
Ordem «conforme as leis dos Pregadores»;
- as Monjas fazem profissão ao Mestre da
Ordem e estão unidas aos frades num sentido espiritual.
- Os Leigos
"incorporam-se na Ordem" nas Fraternidades Leigas de São Domingos,
fazem a sua promessa ao Mestre da Ordem, e seguem a "Regra das Fraternidades Leigas de São Domingos" aprovada pela
Igreja.
De modo
semelhante, as Fraternidades Sacerdotais
de São Domingos procuram "conformar a sua vida e o seu ministério com
o espírito de São Domingos”.
As irmãs das
distintas Congregações Dominicanas, tão
numerosas na nossa Família, participam na missão e no carisma da Ordem através
da riqueza dos seus carismas congregacionais, ainda que não tenham nenhum vínculo
jurídico ao Mestre da Ordem.
São
Congregações agregadas à Ordem pelo Mestre Geral, conservam a sua total
autonomia e podem propor ao Capítulo Geral dos frades os seus desejos e
sugestões referentes à Família Dominicana.
Os Institutos Seculares agregados à Ordem "abraçam
a profissão dos conselhos evangélicos no mundo, segundo o espírito de São
Domingos".
As associações
anexas assinaladas no LCO (Livro das Constituições e Ordenações da Ordem) são: O Santíssimo Nome de Jesus, do Rosário, do
Anjo da Guarda e da Beata Imelda.
Os novos grupos
que podem ser reconhecidos pelos Capítulos Provinciais dos frades ou pelos
Priores províncias com o seu Conselho ou pelas Prioresas Gerais das Congregações
de Irmãs, os integrantes dos diferentes grupos do Movimento Juvenil Dominicano
e muitas outras pessoas que, sem nenhum tipo de compromisso formal, participam
e colaboram de diferentes formas com a missão da Ordem.
A nossa Família
foi sempre uma casa aberta que acolhe sem cessar novos membros, por isso o
Capítulo de Bolonha afirmou que a Família Dominicana pode ser considerada como um
movimento aberto a novas formas de vida e missão.
A "Ordem
dos Pregadores” é composta por aqueles que mediante profissão (para os
que seguem os conselhos evangélicos, as monjas e os frades) ou promessas (para
os membros das Fraternidades Leigas e sacerdotes que se comprometem a um modo
de vida evangélica adaptados à sua condição) feitas ao Mestre, integram-se na
Ordem.
A sua
incorporação na Ordem implica o compromisso permanente de viver no estilo
peculiar da sua vida dominicana, aprovado pela Igreja, que tem S. Domingos como
modelo exemplar.
Tanto as irmãs
como os membros de Institutos Seculares, das Fraternidades Leigas e Sacerdotais,
as monjas e os frades podem ser considerados verdadeiramente por diversos
títulos, integrantes da Ordem dos Pregadores, entendendo-se o termo Ordem num
sentido amplo que inclui a todos os que assumem o compromisso de um género de
vida particular, inspirado na vida e missão de São Domingos e aprovado pela Igreja,
cada um segundo a sua própria condição e com a autonomia respectiva
estabelecida nos seus próprios estatutos.
Se o termo
Ordem expressa melhor uma organização jurídica precisa, a imagem de Família
evoca a experiência de pertença mútua, pela qual nos reconhecemos e nos
apoiamos mutuamente como irmãs e irmãos todos reconhecendo São Domingos como
Pai comum.
Integrada nas
Constituições pelo Capítulo Geral de 1968, esta imagem reflecte uma realidade
antiga que quer ser vivida de um modo novo.
Coloca em
realce a comunhão fraterna entre os distintos ramos e a consciência de que esta
realidade implica vínculos profundos entre nós e atitudes concretas de complementaridade
e colaboração, e respeito mútuo e igualdade de dignidade, na diversidade e
peculiaridades de cada ramo.
Estas
diferenças surgem da urgência da nossa missão, que exige serviços diversos e
complementares.
O Mestre Geral,
como sucessor de São Domingos à frente da Ordem, ocupa um lugar fundamental
dentro da Família Dominicana, como "princípio e sinal de unidade".
Não obstante,
"se bem que o Mestre Geral desempenha o mesmo papel com todos os ramos
ao promover a fidelidade ao espírito de São Domingos, deve ter em conta que a
sua relação com cada um deles, é de ordem e grau diferente".
In "Actas do Capítulo Geral da Ordem
dos Pregadores", (Cap. VIII), realizado em Providence (EUA, 2001).
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Fonte: Brochura
“Ao serviço de Jesus e de Sua Mãe – A Ordem Dominicana”
Edição do Secretariado Nacional do Rosário – Padres Dominicanos
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