O que é a Missa | Pastoral Litúrgica

 

O que é a Missa

O que é a Missa

“Importa, antes de mais, que os fiéis, e com maioria de razão os sacerdotes, tenham ideias claras e seguras sobre o que é a missa e como nela participar. Trata-se, de facto, de uma ação complexa, pelo que é necessário distinguir e correlacionar os seus diversos elementos e aspetos.

Na missa podemos considerar três níveis da mesma realidade: é uma reunião festiva, é uma ação religiosa, é uma celebração sacramental.

Reunião festiva, ela supõe uma assembleia que acorre a um mesmo lugar em comunhão de sentimentos. Sendo festa, a missa supõe alegria, luz, canto, gestos de solidariedade e de participação, um dos quais, que também não falta, é a refeição fraterna.

Ação religiosa, a missa decorre no clima sagrado das relações com Deus. O ar festivo reveste-se, pois, das características de respeito, interioridade e transcendência, próprias da religião. Na missa, de facto, faz-se ouvir a palavra de Deus, entra-se em oração e têm lugar outros atos de culto divino.

Celebração sacramental, a missa só à luz da fé revela todo o seu sentido. Nela se celebra o mistério eucarístico, sacramento, isto é, sinal eficaz, do mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.


  • Da Ceia do Senhor à Eucaristia da Igreja

  • São três as dimensões que podemos distinguir no mistério eucarístico:

    - é o sacramento do sacrifício do Senhor no Calvário, tornado presente sob o sinal da consagração em separado do pão e do vinho no seu Corpo entregue e no seu Sangue derramado para a salvação dos homens e suprema glorificação de Deus;

    - é o sacramento da comunhão com o Senhor oferecido como Vítima de louvor e expiação, que dá o seu Corpo a comer e o seu Sangue a beber, sob o sinal de sagrado banquete que é ao mesmo tempo convívio e alimento;

    - e é, finalmente, sacramento da presença do Senhor sob o sinal das espécies consagradas, que, sempre na perspetiva da comunhão e do sacrifício, é uma presença de amizade, conforto e luz.

    A missa é, na síntese do Concilio que reproduz um conhecido texto litúrgico, «sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura» (SC 47; cf. antif. de «Magnificat» das II Vésperas da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo).

    Fonte: Instrução Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre o Domingo e a sua Celebração (nº27). Fátima, 9 de Junho de 1978 (texto editado para melhor leitura em smartphones) | Imagem

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