A Sinagoga: o povo judeu reunido

 

A Sinagoga: o povo judeu reunido

A Sinagoga

A Sinagoga uma instituição antiquíssima, que se desenvolveu, sobretudo, após o cativeiro da Babilónia

Longe do Templo e da Pátria, o povo sentiu necessidade de se reunir para o estudo e meditação da Lei

E teremos nessa reunião ou «encontro» a origem desta instituição.

A palavra SINAGOGA significou, originariamente, o «povo reunido» ou a própria «comunidade do povo». 

Depois, como a nossa palavra «igreja», veio a significar o lugar ou edifício em que os judeus se reuniam para celebrarem a sua fé.

Mais que o Templo, que para muitos ficava longe e aonde, nestes casos, só se «subia» (teoricamente) pelas festas, a Sinagoga tornou-se, verdadeiramente, o lugar onde se forjavam a fé e a piedade do povo judeu.

Por isso se foram multiplicando por toda a parte, até podermos afirmar que, onde houvesse uma comunidade de judeus, aí haveria, também, uma sinagoga.

No tempo de Cristo, em Jerusalém havia várias. 

E já no séc. I d. C. haveria umas 13 em Roma!

A estrutura da sinagoga

Eram normalmente de construção retangular, simples e espaçosa, orientadas para Jerusalém.

Na parede do fundo, bem visível de todos os presentes, um escrínio (a «Arca») recoberto de rico cortinado, para guardar os rolos da Lei. 

É o Santo.

Os atos de culto só podiam iniciar-se com um número de homens não inferior a dez. 

Ao longo das paredes, ficavam dispostos os bancos para a assembleia. 

Ao centro, e no chão, poderiam colocar-se tapetes, para as pessoas se sentarem...

 


Ruínas da monumental sinagoga de Cafarnaum, dos séc. IV-V d.C. levantada, com certeza, no exato lugar da anterior sinagoga, bem mais simples, frequentada por Jesus e Seus discípulos.

O culto na sinagoga

Embora todos os dias se possa ir rezar à sinagoga, o culto é celebrado, sobretudo, ao Sábado e nos dias de festa. 

O responsável da sinagoga (um ancião) organiza a oração, designa os leitores e convida as pessoas que ele próprio considera qualificadas para fazer o comentário. 

O(s) sacerdote(s), se presente, tem a missão, não de presidir, mas apenas de abençoar o povo.

O culto é uma liturgia da Palavra. 

Compreende:

- Hinos e orações (as 18 bênçãos);

- Leitura da Lei (havia planos de leitura);

- Leitura de um Profeta;

- Homilia, a partir da Escritura (cfr. Lc 4, 16s.);

- Oração do «Shemá» «Escuta, Israel» (Dt 6, 4-9; Dt 11, 13-21; Nm 15, 36-41);

- Bênção do sacerdote se está alguém presente (Nm 6, 24-26).

Jesus e os Apóstolos aproveitaram muitas vezes o culto na sinagoga, sobretudo o comentário, para pregarem o Evangelho aos judeus.

Fonte: Atlas Bíblico Geográfico-Histórico, J. Machado Lopes |Imagem de destaque

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