A Terra Santa – Aspectos geográficos da Palestina
Geografia de Israel nos tempos bíblicos |
Vários são os nomes com que a Bíblia conhece a Palestina: «Terra de Canaã», «Terra Prometida», «Terra de Israel», «Terra Santa», etc.
Em documentos históricos profanos aparecem também vários nomes: «Kinahhi», «Khuru», «Amurru», «Harus», «Retenu», «Palasshtu» (Filisteia).
E foi esta última denominação que passou à História, por mercê da obra de certos escritores gregos e latinos, que daquele termo fizeram derivar o nome «Palestina».
É com este nome que, pela História fora, a Terra Santa é conhecida, até 1948 (14 de Maio) em que, com a declaração da Independência e consequente unidade política, a nação toma oficialmente o nome de Israel.
Geograficamente, trata-se de uma faixa de terra apertada contra a costa mediterrânica, com limites bastante bem delineados:
- a Norte, separam-na do Líbano e da Síria os contrafortes montanhosos do Líbano meridional, o Monte Hermon e a profunda garganta de Litani (Nahr el-Qasimiyeh);
- a Este, é limitada pelo deserto siro-arábico que acompanha a antiga via das caravanas até ao «Wadi el-Hesa» (a torrente «Zéred» bíblica), situada a sudoeste do Mar Morto;
- a Sul, temos o deserto do Neguev, que vai confundir-se com o deserto sinaítico;
- por fim, a Oeste, temos o Mar Mediterrâneo, desde a foz do Nahr el-Qasimiyeh até ao Wadi el-Arish (a bíblica «torrente do Egipto»).
Assim determinada, a Palestina fica-nos colocada entre o 33° e o 31° graus de latitude Norte, e o 34° e o 36° graus de longitude Este, com uma área de cerca de 34.000 Km.
Historicamente, os limites da Palestina estão ligados às vicissitudes do Povo de Israel.
A Bíblia indica-nos os limites com a expressão
- «de Dan a Bersabé», quanto à Cisjordânia;
- e «do Arnon ao sopé do Hermon» quanto à Transjordânia.
A maior extensão territorial deu-se no reinado dos reis David e Salomão, e, depois, no tempo do rei Herodes.
Fonte: "Atlas Bíblico Geográfico-Histórico", J. Machado Lopes | Imagem: "Bíblia - Os Caminhos de Deus", John Rogerson