São Tomás Moro - Mártir da Terceira Ordem Franciscana

Padroeiro dos governantes e políticos

Tomás Moro nasceu no bairro de Chelsea - Londres, na Inglaterra, no ano de 1478, e faleceu em 1535.

Foi um verdadeiro homem de Estado, académico e humanista, que manteve laços de estreita amizade com Erasmo de Roterdão.

Em 1518 foi membro do Conselho Privado, em 1523 speaker do Parlamento, e em 1529 lorde-chanceler, ao serviço de Henrique VIII, até ao corte com a Igreja de Roma.

Em 1532 renunciou aos seus cargos, visto não aceitar a separação do seu país de Roma.

Em 1534 recusou-se a jurar o Act of Supremacy, gesto exigido pelo rei a todos os dignitários laicos e religiosos. Neste juramento repudiava-se a supremacia do papa e reconhecia-se o rei como chefe supremo da Igreja.

Enquanto católico leal, More recusou-se a reconhecer Henrique VII como chefe da Igreja de Inglaterra.

Em consequência da sua recusa, Tomás foi preso e depois condenado e decapitado por alta traição, tendo sido executado a 9 de Julho de 1535.

A obra principal do humanista Tomás Moro é o seu livro Utopia (palavra grega que significa «sem lugar»). 

Nesta obra, que é uma sátira social e política, e primeira obra do género literário «utópico», descreve a sua visão da sociedade ideal fundada na propriedade coletiva.

Escreveu, também, “O diálogo do conforto contra as tribulações”, um dos mais tradicionais e respeitados livros da literatura britânica, e “Oração para o bom humor”.

São Tomás Moro afirmou antes de morrer: “Sedes minhas testemunhas de que eu morro na fé e pela fé da Igreja de Roma e morro fiel servidor de Deus e do rei, mas primeiro de Deus. Rogai a Deus a fim de que ilumine o rei e o aconselhe”.

Em 1886, Tomás Moro foi beatificado, e em 1935 foi canonizado pela Igreja Católica, no pontificado de Pio XI.

Celebra-se a sua memória litúrgica no dia 22 de junho, conjuntamente com a memória de são João Fischer, bispo de Rochester (canonizado no mesmo dia). 

Este, tal como Moro, recusou-se a jurar o Act of Supremacy, tendo sido decapitado a 22 de Junho de 1535

O papa João Paulo II, no ano 2000, declarou são Tomás More Padroeiro dos Políticos.

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