Festa da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior
A Festa da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior,
celebrada anualmente a 5 de agosto,
recorda a consagração de uma das mais antigas e veneradas igrejas dedicadas à
Virgem Maria em Roma.
Esta celebração tem um lugar
especial no calendário litúrgico da Igreja Católica, sobretudo pela importância
histórica e espiritual deste templo mariano.
A Basílica de
Santa Maria Maior (em latim, Sancta Maria
Maior) é uma das quatro Basílicas
Maiores de Roma e foi construída no século V, após o Concílio
de Éfeso (431), que confirmou o título de Maria como Mãe
de Deus (Theotokos).
Segundo a tradição, a construção
foi inspirada por uma neve
milagrosa que caiu na colina do Esquilino na noite de 4 para 5
de agosto, num local onde a Virgem Maria teria indicado a um nobre romano e ao
Papa Libério que se erguesse uma igreja em sua honra. Por isso, esta festa é
também conhecida como a Festa de
Nossa Senhora das Neves.
Ao longo dos
séculos, Santa Maria Maior tornou-se um símbolo da devoção mariana universal. A
igreja acolhe relíquias importantes, como o berço onde, segundo a tradição,
Jesus teria sido colocado após o nascimento. A sua rica decoração em mosaicos e
arquitetura paleocristã fazem dela uma das joias mais preciosas da Cristandade.
Na festa da
dedicação, celebra-se não apenas um edifício, mas sobretudo o mistério da
presença de Deus no meio do seu povo, através da intercessão de Maria, Mãe da
Igreja. É um convite à oração, à veneração da Mãe de Deus e ao reconhecimento
do papel da Igreja como casa de todos os crentes.
Sobre a Basílica
· A
atual fachada barroca foi erigida no século XVIII pelo arquiteto Ferdinando Fuga em preparação para o Ano Santo de 1750. Atrás dela
encontra-se a fachada original do século XIII com mosaicos de Filippo Rusuti
que narram a aparição da Virgem e o milagre da neve.
· O
campanário em tijolo, com cerca de 75 m de altura, é o mais alto de Roma e está
localizado num ponto elevado da colina do Esquilino
História e significado
· Fundada
em 432‑440 por Papa Sisto III, pouco depois do Concílio de Éfeso (431) que consagrou
Maria como Mãe de Deus (Theotokos)
· A
lenda refere que em 5 de agosto de 358, o Papa Libério recebeu uma visão da Virgem Maria a indicar a
construção de uma igreja num local onde neve cairia, pese embora fosse verão. A
neve apareceu e inspirou a fundação da basílica, celebrada até hoje como a Festa de Nossa Senhora das Neves ou Festa da Dedicação da Basílica.
· Em
cada 5 de agosto, pétalas brancas são deixadas cair sobre o altar da Capela
Paolina, evocando poeticamente aquele milagre de verão
Arte e relíquias
· O
interior mantém mosaicos paleocristãos do século V, que decoram a nave central
e o arco triunfal com cenas bíblicas como a infância de Cristo, evidenciando a
arte e a teologia desse período.
· O
tecto caixotado renascentista, projetado por Giuliano da Sangallo, foi dourado com ouro oferecido pelos Reis Católicos, proveniente
das Américas após as viagens de Cristóvão Colombo.
· A
capela Borghese
/ Capela Paulina
abriga o ícone bizantino de Maria conhecido como Salus Populi Romani, venerado por milagres e associado à proteção do povo romano,
coroado em 1838.
· A
basílica também guarda o que se crê ser relíquias da manjedoura de Cristo, feitas de madeira de sicômoro, o que a torna um importante
santuário para peregrinos.
Relevância atual
· O
Papa Francisco, profundamente devoto de Maria, rezou inúmeras vezes
nesta basílica—aproximadamente 125 visitas desde 2013—e escolheu Santa Maria
Maior como seu local de sepultura, tornando-se o primeiro papa em mais de um século a não ser
enterrado na Basílica de São Pedro.
· A sua escolha reforçou o simbolismo da simplicidade e da espiritualidade mariana: o seu túmulo, modesto, está perto da Capela Paolina e ao lado da imagem da Salus Populi Romani.
Com recurso ao Chat GPT