Pentecostes - A descida do Espírito Santo
Pentecostes
A grande efusão do Espírito Santo
dá-se no Pentecostes.
Nesse dia começam os «atos dos apóstolos» - afirma o Concílio Vaticano II: a difusão do Evangelho entre os povos tem o seu início.
O ministério apostólico e o Espírito Santo ficam
associados em toda a parte e para sempre. A Igreja permanece em estado de missão.
No dia de Pentecostes começa «a história da santidade cristã» – continua João Paulo II.
No dia de Pentecostes inaugura-se «a civilização do amor» - arremata Paulo VI.
A Igreja serve a humanidade, implantando o Reino de Deus, espaço de verdade e de vida, de santidade e de graça, de justiça, de amor e de paz, como é timbre de verdadeiros irmãos, filhos do mesmo Pai celeste. (1)
Palavra de Deus – “A descida do Espírito Santo”
"Quando chegou o dia de
Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
Subitamente, fez-se ouvir, vindo do
céu, um rumor semelhante a forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde
se encontravam.
Viram então aparecer uma espécie de
línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que
se exprimissem.
Residiam em Jerusalém judeus
piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do céu.
Ao ouvir aquele ruído, a multidão
reuniu-se e ficou muito admirada, pois cada qual os ouvia falar na sua própria
língua.
Atónitos e maravilhados, diziam: «Não
são todos galileus os que estão a falar? Então, como é que os ouve cada um de
nós falar na sua própria língua?
Partos, medos, elamitas, habitantes
da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da
Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma, tanto
judeus como prosélitos, cretenses e árabes, ouvimo-los proclamar nas nossas
línguas as maravilhas de Deus»." (Act 2, 1-11 | Tradução litúrgica da Bíblia)
Solenidade de Pentecostes
Comentário às leituras do Ano
A e Sequência
Leitura I Atos 2, 1-11
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e
começaram a falar»
De harmonia com a promessa de
Jesus, o Espírito Santo, manifestando a Sua presença sob os sinais sensíveis do
vento e do fogo, desce sobre os Apóstolos, transforma-os totalmente e
consagra-os para a missão, que Jesus lhes confiara.
Com este Baptismo no Espírito Santo, nascia assim,
oficialmente, a Igreja. Nesse dia, homens separados por línguas, culturas,
raças e nações, começavam a reunir-se no grande Povo de Deus num movimento que
só terminará com a Vinda final de Jesus.
Leitura II 1 Cor 12, 3b-7.12-13
«Todos nós fomos baptizados num só Espírito,
para formarmos um só Corpo»
O Espírito Santo é «a alma da
Igreja». É Ele que dá aos Apóstolos a perfeita compreensão do Mistério Pascal e
os leva a anunciar a Ressurreição a todos os homens, sem excepção. É por Ele
que nós acreditamos que Jesus é Deus e essa nossa fé se mantém. É Ele que
enriquece o Corpo Místico com dons e carismas, numa grande variedade de
vocações, ministérios e actividades. É Ele que, ao mesmo tempo que nos
distingue, dando-nos uma personalidade própria dentro da Igreja, nos põe em
comunhão uns com os outros, de tal modo que a diversidade não destrói a unidade.
Sequência
Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.
Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.
Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.
Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.
Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.
Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.
Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.
Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.
Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:
Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.
Evangelho Jo 20, 19-23
«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a
vós:
Recebei o Espírito Santo»
Com a Páscoa, inicia-se a
nova Criação. E, como na primeira, também agora o Espírito Santo está presente,
a insuflar aos homens, mortos pelo pecado, a vida nova do Ressuscitado.
Jorrando do Corpo glorificado de Cristo, em que se mantêm as cicatrizes da
Paixão, o Sopro purificador e recriador do mesmo Deus, comunica-se aos
Apóstolos. Apodera-se deles, a fim de que possam prolongar a obra da nova
Criação, e assim a humanidade, reconciliada com Deus, conserve sempre a paz
alcançada em Jesus Cristo. (2)
(1) in “Quando digo Espírito Santo”, Abílio Pina Ribeiro | (2) Fonte | Imagem