Alexandria - Centro espiritual do mundo helenístico


 

Alexandria

"Centro espiritual do mundo helenístico", Alexandria possuiu a mais famosa biblioteca da Antiguidade.

Esta bela cidade, fundada por Alexandre Magno, em 332-331 a. C., no Egipto, sobre o Mediterrâneo, no extremo ocidental do delta do Nilo, era também um centro comercial importante.

O mais movimentado dos portos da Antiguidade, exportava para Roma tanto trigo egípcio que lhe chamaram "o celeiro do império".

Entre os seus mais importantes marcos arquitectónicos, figurava o enorme farol de 120 m de altura, na vizinha ilha de Faros, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Também notável era a Via Canópica, de 60 m de largura e 5,5 km de comprimento.

Raramente citada nas Escrituras, esta cidade, com talvez 1 milhão de almas no tempo dos Romanos, foi berço de uma comunidade de judeus.

O filósofo judeu Filon de Alexandria tentou conciliar as crenças judaicas com a filosofia grega, mas a realização intelectual da cidade foi a tradução do Antigo Testamento para grego, chamada Septuaginta ou tradução dos Setenta, utilizada pelos escritores do Novo Testamento e pela igreja primitiva.

Segundo a tradição, o apóstolo Marcos obteve aqui, em 54, a sua primeira conversão.

A Biblioteca de Alexandria

A Biblioteca de Alexandria, no Egipto, foi a mais famosa da Antiguidade e uma das maiores de todos os tempos.

Destinava-se a guardar quase todas as obras em língua grega desde a Ilíada de Homero até às mais recentes produções literárias —, bem como traduções gregas de obras estrangeiras, incluindo a Tora.

Foi fundada nos princípios do século III a. C. por Ptolomeu I Soter, soberano do Egipto após a morte de Alexandre Magno.

Para constituir o seu recheio, Ptolomeu II ordenou aos seus soldados que sacassem livros de todos os navios que aportassem Alexandria, mandando depois copiá-los para os incluir na biblioteca.

Esta acabou por espraiar-se num complexo de edifícios com salas de estudo, auditórios e escritórios, além das salas de manuscritos.

Por volta de 250 a. C., a biblioteca possuía cerca de meio milhão de volumes.

Sofreu prejuízos e declínio no princípio do século l a. C., por força de guerras e agitações civis, mas prosseguiu até à era cristã, até ser finalmente destruída no final do século IV.

Os livros da Biblioteca de Alexandria eram escritos em rolos de papiro, material semelhante ao papel feito de tiras de medula dos caules da planta com o mesmo nome. 

As obras mais vastas eram divididas em tomos (do grego "cortar"), cuidadosamente etiquetados e guardados em baldes.

A coleção de manuscritos de Alexandria era a maior da História naquela época.

Fonte: “Jesus no Seu tempo” (texto editado e adaptado) | Imagem

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