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Festa da Cátedra de São Pedro – 22 de Fevereiro

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A cadeira da verdade Viestes aqui na véspera do dia em que a Igreja celebra a festa da Cadeira de São Pedro em Roma. [...] Olhai para o púlpito de onde o primeiro papa se dirigiu aos primeiros cristãos, como eu me dirijo a vós neste momento: foi aqui que os exortou a estarem vigilantes contra o demónio, que, como um leão que ruge, ronda à nossa volta, procurando a quem devorar (cf 1Ped 5,8-9); foi aqui que os exortou a permanecerem firmes na fé, para não se deixarem levar pelos erros dos falsos profetas (cf 2Ped 2,1; 3,17). Estes ensinamentos de Pedro continuam nos seus sucessores e continuarão, inalterados, ao longo dos séculos, porque esta é a missão que o próprio Cristo confiou ao chefe da Igreja. Para sublinhar o carácter universal e indefetível deste ensinamento, a sede do primado espiritual foi, após uma preparação providencial, fixada na cidade de Roma. Segundo a observação do nosso predecessor São Leão Magno, Deus, pela sua Providência, reuniu os povos num único impé

Um Relógio quaresmal. Este é um tempo propício…

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Um Relógio quaresmal Hora da conversão É uma chamada para redescobrir a nossa origem. Vamos colocar a nossa vida cristã na hora certa. Hora da verdade Nós não caminhamos para o nada. O tempo da Quaresma coloca-nos em órbita para a Páscoa . Hora da caridade Sem obras a nossa fé fica coxa. Mas as nossas obras sem referência a Deus logo se esgotam. Hora do silêncio O silêncio é um bem escasso. Não se encontra em qualquer lugar nem se compra em qualquer estabelecimento. Hora da Palavra Como podemos encontrar o caminho se não deixarmos que o Senhor nos indique? Hora do jejum Acostumado a olhar o relógio para a hora da refeição, a Quaresma, paralisa-o. Faz-nos entender que a ansiedade não é boa conselheira para ter fome de Cristo. Hora da penitência Retificar é sábio, e moderar certos comportamentos nossos podem levar-nos a identificarmo-nos mais com Cristo. Hora da Confissão   A hora da confissão nos facilita um novo rosto: a alegria de nos sentirmos reconci

Bem-aventuranças para os tempos atuais

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De acordo com o Evangelho segundo Mateus , Jesus pregou as suas bem-aventuranças no Sermão da Montanha (Mt 5,1-12), e segundo o Evangelho segundo Lucas (6, 20-49), Jesus apresentou-as no Sermão da Planície . Jesus apresentou as bem-aventurança para ensinar e revelar aos homens a verdadeira felicidade. Apresentamos aqui “outras”, bem-aventuranças… também adequadas aos tempos atuais: 1. Bem-aventurado se não tens o teu coração exclusivamente focado na riqueza, na ânsia de ter. 2. Bem-aventurado se és manso. Entenderás que, a violência, só gera mais violência. 3. Bem-aventurado se sabes chorar. Quando até ti chegarem as horas amargas terás perto de ti alguém que te conforte e um lenço que enxuga as tuas lágrimas 4. Bem-aventurado se continuas a lutar pela justiça, irás ter o fruto da tua cumplicidade ou dos teus silêncios. 5. Bem-aventurado se não deixares ninguém corromper o teu coração; se, ao teu coração, lhe deres a limpeza do amor e o brilho da esperança. 6. Bem

A mochila quaresmal – um decálogo desafiante!

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1.- A garrafa do jejum Saboreia nestes quarenta dias um pouco mais a austeridade.  Vai-te fazer compreender e entender não só a solidariedade, mas também a caridade. Oferece o fruto do que evitas comer, aos mais necessitados. 2.- O livro do Evangelho Procura onde fores ler a Palavra de Deus.  Sentirás que, longe de ficares sozinho, Ele te acompanha. 3.- A corda da oração Distraídos e preocupados com mil situações esquecemos frequentemente de confiar as nossas ações, projetos e ilusões ao Senhor.  Há quanto tempo não falas com Ele sozinho? A pandemia não pode nos obcecar. A oração liberta. 4.- Um punhado de terra Para não esquecer que somos lama e que, só Deus, É Deus.  A cinza na Quaresma convida-nos a curvarmo-nos, a descer do pedestal da nossa autossuficiência para deixar Deus reinar com todas as consequências na nossa vida. 5.- Uma fita métrica Costumados a medir tudo, a Quaresma dá-nos uma possibilidade de trilhar um caminho: o trilho até à Páscoa.  Quantos me

Santos Cirilo, monge, e Metódio, bispo, co-padroeiros da Europa – 14 de fevereiro

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Santos Cirilo e Metódio Metódio e Cirilo nasceram na Macedónia e foram irmãos unidos pelo sangue, pela fé, pela vocação apostólica e até pela morte. Cirilo nasceu na Macedónia em 826 . Ainda jovem, foi levado a estudar em Constantinopla, capital do então Império Bizantino, onde se formou. Posteriormente, lecionou filosofia e foi diplomata junto aos árabes. Como o irmão, tornou-se monge. Metódio nasceu em 815 . Ainda jovem, foi nomeado governador da província da Macedónia Inferior, onde estavam estabelecidos os eslavos. Com trinta e oito anos, Metódio abandonou a carreira política e tornou-se monge, sendo seguido pelo irmão poucos anos depois. A missão apostólica dos dois irmãos começou em 861, quando foram enviados numa missão de conversão dos povos eslavos, de quem ambos tinham aprendido a língua e os costumes. Ambos souberam adaptar os rituais e ensinamentos cristãos à cultura e à língua eslavas, traduzindo para aquele idioma as Sagradas Escrituras e os textos li

Da Ceia do Senhor à Eucaristia da Igreja

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Última Ceia A Eucaristia da Igreja mergulha as suas raízes na Ceia de Jesus . Ao reunirem-se para celebrar a Refeição do Senhor , os cristãos comem do pão partido e bebem do cálice de vinho, depois de o sacerdote ter pronunciado, na oração de bênção, as palavras de Jesus: Tomai e comei, isto é o meu corpo. Bebei todos deste cálice: este é o meu sangue (Mt 26, 27). Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19). Memorial da última Ceia , a Eucaristia deveria ser marcada pela tristeza das despedidas do Mestre e do anúncio da sua morte próxima, morte que ela antecipava em mistério: o pão e o vinho tornam-se, de facto, o corpo entregue e o sangue derramado (Lc 22, 19-20). E, no entanto, a celebração desenrola-se em clima de alegria, é " eucaristia ", o que quer dizer, simultaneamente, bênção, louvor, ação de graças . É a repetição da refeição tomada por Jesus com os seus apóstolos, ao começar a sua paixão, e realiza-se à luz da Páscoa . A paixão dolorosa torn

As Cinco Chagas do Senhor – 7 de fevereiro

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Cinco Chagas de Cristo ( Livro de Orações de Waldburg, 1486, fol 11r ) Fonte As Cinco Chagas do Senhor O culto das Cinco Chagas do Senhor , isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolo s depois da ressurreição, foi uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referentes a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que, tradicionalmente, relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo . (1) “ Vós, tenro e novo ramo florescente De uma árvore de Cristo mais amada Que nenhuma nascida no Ocidente, Cesárea ou Cristianíssima chamada; (Vede-o no vosso escudo, que presente Vos amostra a vitória já passada, Na qual vos deu por armas, e deixou As que Ele para Si na Cruz tomou) ” (Os Lusíadas, Canto 1, estância 7). “As Chagas representam a totalidade da Paixão e mais ainda da Ressurreição. Esta festa faz-nos reviver o mistéri