«... e as revelaste aos pequeninos»


Evangelho segundo São Mateus (Mt. 11, 25-27)

“Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.

Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado.

Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.»”

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«... e as revelaste aos pequeninos»

“Alma fiel, quando à tua fé se apresentarem mistérios demasiado profundos e a tua natureza estremecer, diz sem medo, não com espírito de contradição, mas com desejo de ser ilustrada: como pode ser isto? (cf Lc 1,34)

Converta-se a tua pergunta em oração, em amor, em piedade, em desejo humilde; não seja perscrutar o que tem de mais alto a majestade de Deus, mas procurar a salvação nos meios salutares que Deus nos oferece. […]

Ninguém conhece o que há em Deus, a não ser o Espírito de Deus (cf 1Cor 2,11).

Corre, pois, a participar do Espírito Santo. Ele torna-Se presente logo que é invocado; mais ainda, não poderia ser invocado se não estivesse já presente.

E, quando é invocado, vem e traz consigo a abundância da bênção de Deus. É essa a corrente impetuosa do rio que alegra a cidade de Deus (cf Sl 45,5).

E, quando Ele vier, se te encontrar humilde, tranquilo e cheio de respeito pelas palavras de Deus, repousará sobre ti (cf Lc 1,35) e revelar-te-á o que Deus Pai oculta aos sábios e prudentes deste mundo.

Então, começará a brilhar aos teus olhos aquilo que a Sabedoria pôde ensinar na Terra aos seus discípulo, mas que eles não puderam compreender enquanto não veio o Espírito de verdade, que havia de lhes ensinar a verdade plena (cf Jo 16,12-13)."

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense | Espelho da fé, 6; PL 180, 384; SC 301 (trad. Breviário) | Imagem

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