Santo André, Apóstolo, padroeiro dos injustiçados

Santo André, Apóstolo, padroeiro dos injustiçados

André, natural de Betsaida, irmão de Simão Pedro e pescador como ele, foi, primeiramente, discípulo de João Batista e, depois, seguiu a Cristo, a quem apresentou o seu irmão Pedro.

Os gregos chamam a este ousado apóstolo "Protókletos", que significa: o primeiro chamado [dos Apóstolos].

Ele foi um dos afortunados que viram Jesus na verde planície de Jericó quando Ele passava.

João Baptista indicou-o com o dedo de Precursor e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo".

André e João foram atrás d'Ele. Não se atreveram a falar-Lhe até que Jesus se virou para trás e perguntou: "Que procurais?" - Mestre, onde habitas? - "Vinde e vede".

Juntamente com Filipe, introduziu à presença de Jesus uns gentios que O queriam ver e foi ele também que indicou o rapaz que tinha os peixes e o pão.

Segundo a tradição, depois de Pentecostes, pregou o Evangelho na região da Acaia, na Grécia, e terá sido martirizado/crucificado, em Patras, numa cruz em forma de aspa ou X, que é conhecida pelo nome de cruz de Santo André.

A Igreja de Constantinopla venera-o como seu mais insigne Patrono. 

É o Padroeiro dos injustiçados.

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Encontrámos o Messias

“André, depois de permanecer com Jesus e de aprender muitas coisas que Jesus tinha ensinado, não escondeu o tesouro só para si, mas correu pressuroso à busca de seu irmão para o tornar participante da sua descoberta.

Repara no que diz a seu irmão: Encontrámos o Messias (que significa Cristo). Vês de que modo manifesta tudo o que tinha aprendido em tão pouco tempo?

Com efeito, por um lado manifesta o poder do Mestre que os tinha convencido desta verdade, e por outro lado manifesta o interesse e a diligência dos discípulos que desde o princípio se preocupavam em comunicar estas coisas.

São as palavras de uma alma que deseja ardentemente a sua vinda, que espera Aquele que havia de vir do Céu, que exulta de alegria quando Ele Se manifestou e se apressa a comunicar aos outros tão grande notícia.

A comunicação mútua das coisas espirituais é sinal de amor fraterno, de parentesco amigo e de afecto sincero.

Repara também na docilidade e prontidão de espírito de Pedro. Acorre imediatamente: E levou-o a Jesus, afirma o Evangelho.

Ninguém o acuse de leviandade por aceitar o anúncio sem uma longa reflexão. O mais provável é que seu irmão lhe contasse pormenorizadamente mais coisas, pois os evangelistas resumem muitas vezes os factos, por razões de brevidade.

Além disso, não afirma que tivesse acreditado imediatamente, mas sim que o levou a Jesus e a Ele o confiou, para que aprendesse do próprio Jesus todas as coisas. Estava ali, de facto, outro discípulo que tinha vindo com os mesmos sentimentos.

Se João Baptista, quando afirma: É o Cordeiro e baptiza no Espírito Santo, deixou que fosse Cristo a expor com mais claridade estas verdades, com maior razão o fez André, que, não se julgando capaz de explicar tudo, leva o seu irmão à fonte da luz, tão contente e pressuroso que não duvidou um momento.”

Das Homilias de São João Crisóstomo, bispo, sobre o Evangelho de São João (Hom. 19, 1: PG 59, 120-121 (séc. IV)

Fontes: SNL + Evangelho Quotidiano | Imagem

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