Sobre Jesus e as mulheres, por ocasião do Dia Internacional da Mulher
Hoje, dia 8 de março,
o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher.
Desde 1975, ano em que instituiu
oficialmente este dia, que a ONU "pretende homenagear as mulheres de todas as nações, que viram o
seu papel na sociedade menorizado e os seus direitos violados terem nascido
mulheres e que lutaram por direitos de cidadania, iguais aos direitos
reconhecidos aos homens".
Mas, hoje, também não podemos
esquecer Aquele que há cerca de 2.000 anos - elevou a Mulher ao lugar que é seu
desde a Criação, ao lado e igual ao Homem, em dignidade e direitos: Jesus Cristo!
O homem e a mulher foram criados,
quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas
humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respetivo ser de homem e de
mulher.
«Ser homem», «ser mulher» é uma
realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade
inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu
Criador." (Catecismo da Igreja Católica,
369).
Apesar de no pensamento divino ter
estado sempre presente a igualdade entre homem e mulher (cf. Gn 2), a realidade
no tempo de Jesus, e em épocas anteriores, era bem diferente, podendo
constatar-se uma efetiva discriminação da mulher:
- enquanto solteira, geralmente
sem nome, era "propriedade" do pai;
- depois do casamento, passava a
ser propriedade do marido, que ele dominava a seu bel-prazer.
Quando, estéril, era afastada ou
substituída por uma ou mais escravas, pelo que era obrigada a conviver com a
poligamia do marido. Não era nem contada entre os habitantes, e não tinha
direito a opinião; etc., etc.!
Nos Evangelhos…
Os textos dos 4 Evangelhos
são um inegável testemunho do modo como Jesus, rompendo com a insensível
tradição sociocultural e religiosa do seu tempo, valorizou e
tratou, com especial carinho, todas as mulheres, também criadas
à imagem e semelhança de Deus, objeto do Seu Amor misericordioso.
Tenhamos em atenção ao que S. Lucas nos diz: "Os Doze O
acompanhavam, assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos
malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete
demónios, Joana, mulher de Cuza, o procurador de Herodes, Susana e várias
outras, que O serviam com seus bens." (Lc. 8, 1-3)
Lembremos, também, apenas algumas
situações vividas por Jesus: com a mulher apanhada em adultério: "Aquele que de
entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela".
(...) "Mulher,
onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?"
(...) "Nem
eu também te condeno: vai-te, e não peques mais." (Jo 8,
7-11).
Quando encontra a viúva de
Naim, que chorava no enterro do seu único filho: "O
Senhor, ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe: Não chores!" (Lc.
7, 13). E logo ressuscitou o jovem!
O diálogo entre Jesus e a
Samaritana (Jo. 4, 7-43).
A pecadora que lavou e ungiu os pés
de Jesus (Lc. 7, 36-50).
Para refletir
Para terminar, transcrevo este
breve e belo texto, lido e relido em muitos locais: "Cuida-te
quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi
feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser
superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço, para ser protegida,
e do lado do coração para ser amada.”