Jesus ama aquele que O segue
«O amor de Jesus pelo seu fiel
discípulo está indicado nestas palavras: «Pedro, ao voltar-se, viu que o
seguia o discípulo predileto de Jesus, aquele que, na Ceia, se tinha reclinado
sobre o seu peito» (Jo 21,20).
Aquele que verdadeiramente segue o
Senhor deseja que todos O sigam; é por isso que se volta para o seu próximo com
atenções, com oração e com o anúncio da palavra.
O gesto de Pedro significa tudo isso.
Encontramos a mesma ideia no Apocalipse: «O Esposo e a esposa [Cristo e a
Igreja] dizem: "Vem!" O que ouve diga: "Vem!"» (Ap
22,17).
Cristo por inspiração interior e a Igreja pela pregação dizem ao homem: «Vem!» E o que ouve estas palavras diz ao seu próximo: «Vem!», ou seja: «Segue Jesus!».
Voltando-se, Pedro viu, pois, vir
atrás de si o discípulo que Jesus amava; Jesus ama aqueles que O seguem.
Embora o seu nome não seja
pronunciado, João distingue-se dos outros, não pelo facto de Jesus o amar
apenas a ele, mas pelo facto de o amar mais que aos outros.
Jesus amava todos os outros, mas este
era mais próximo. [...] Era aquele que «se tinha reclinado sobre o seu peito».
Foi um grande sinal de amor, o facto de só ele ter podido reclinar-se sobre o
peito de Jesus, onde estão «escondidos todos os tesouros da sabedoria e da
ciência» (Col 2,3). [...]
Assim, na Ceia que terá lugar no Céu, nós seremos saciados por toda a eternidade, repousando com João sobre o peito de Jesus.
O coração está dentro do peito e o
amor está dentro do coração. Repousaremos, pois, sobre o seu amor, porque O
amaremos com todo o coração e com toda a alma,
e encontraremos nele todos os tesouros da sabedoria e da ciência. [...]
A Ele o louvor e a glória pelos séculos dos
séculos. Ámen.»
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja | Sermão para a Festa de São João Evangelista |
Santo António é um santo de projeção
universal, sendo, muito provavelmente, o mais popular de todos os santos.
Igrejas e capelas dedicadas a
Santo António, imagens em grande parte das igrejas e nas casas particulares,
azulejos e pinturas, cânticos, festas e peregrinações dão ideia da grande
devoção popular a Santo António, que hoje atravessa todas as idades e todas as
classes sociais, em todo o mundo.
Contudo, o culto de Santo
António, ainda que se tenha mantido sem interrupções desde o século XIII em
Portugal, na Diocese de Pádua e dentro das Ordens Franciscanas, só começou a
estender-se a todo o mundo a partir do século XV, com o florescer da
Observância entre os Frades Menores. Ler+