Beato João Duns Scoto (1266-1308)


O Beato João Duns Escoto, ou Scot ou Scotus (1266-1308) foi um teólogo e filósofo escocês (ou irlandês).

Viveu durante muitos anos em Paris, em cuja universidade lecionou.

Membro da Ordem Franciscana, filósofo e teólogo da tradição escolástica, chamado o Doutor Subtil, foi mentor de outro grande nome da filosofia medieval: Guilherme de Ockham.

Foi beatificado em 1993, durante o pontificado de João Paulo II.

Ele é um dos três filósofos-teólogos mais importantes da Europa Ocidental na Alta Idade Média, juntamente com Tomás de Aquino e o próprio Guilherme de Ockham.

Dele disse o Papa Bento XVI numa catequese:

«Dotado de uma inteligência brilhante inclinada à especulação, que lhe valeu o título de “Doutor subtil”, o Beato João Duns Escoto pode ter a sua vida resumida nas palavras duma antiga inscrição que se encontra na sua tumba: “A Inglaterra o acolheu; a França o instruiu; Colónia, na Alemanha, conserva os seus restos; na Escócia ele nasceu”.

Atraído pelo carisma de São Francisco de Assis, ingressou na Ordem dos Frades Menores, caracterizando a sua vida e pensamento por um forte cristocentrismo, pela defesa da Imaculada Conceição de Maria e por um profundo amor ao Papa.

Sobre o Filho de Deus, alegava que este se teria encarnado mesmo sem que a humanidade tivesse pecado, uma vez que a Encarnação estaria projetada desde a eternidade por Deus Pai no seu plano amoroso.

De facto, esse amor imenso de Deus se revelaria na Paixão salvífica de Cristo e na Eucaristia, da qual Duns Escoto afirmava ser o sacramento da Unidade e da Comunhão que leva a nos amar uns aos outros e amar a Deus como Sumo Bem comum.

Seguindo o sensus fidei do Povo de Deus desenvolveu o tema da “redenção preventiva” segundo o qual a Imaculada Conceição representa a obra-prima da redenção operada por Cristo, ao preservar Maria da mancha do pecado original.

Morreu ainda jovem, com fama de santidade, legando um número relevante de obras.»

Fonte: Evangelho Quotidiano

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