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O que quer dizer a expressão “pedra angular”?

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Lucas. no livro dos Atos dos Apóstolos,  conta-nos que Pedro, diante do Sinédrio, e " cheio do Espírito Santo ", afirmou: " Ficai sabendo, vós todos e todo o povo de Israel: é no nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos, é por ele que este homem se apresenta diante de vós em perfeita saúde. Este Jesus é a pedra que vós, os construtores, rejeitastes e que se tornou a pedra angular . Em nenhum outro há salvação, pois não existe sob o céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos .” (At 4,10-12) Também São Paulo assegurou aos Efésios " Assim, pois, vós já não sois estrangeiros nem hóspedes, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, e tendo como pedra angular o próprio Cristo Jesus. Nele, toda construção cresce bem ordenada para ser templo santo no Senhor; Nele, vós também sois integrados na construção, para vos t

A confissão prepara-nos para a Páscoa

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A confissão prepara-nos para a Páscoa “Porque foi, meus irmãos, que a Igreja estabeleceu o tempo santo da Quaresma ? Dir-me-eis que foi para nos preparar para celebrar com dignidade o tempo santo da Páscoa , que é o tempo em que Deus parece redobrar as suas graças e excita o remorso da nossa consciência para nos arrancar do pecado [...]. Examinemos a questão de mais perto. Para fazermos uma boa confissão , que nos reconcilie com Deus , temos de detestar de todo o coração os nossos pecados, não porque queiramos escondê-los de nós mesmos; mas temos de nos arrepender de ter ofendido um Deus tão bom, de ter permanecido tanto tempo no pecado, de ter desprezado todas as suas graças, com as quais nos incitava a sair dele. É isto, meus irmãos, que nos deve trazer lágrimas aos olhos e partir-nos o coração. Diz-me, meu amigo, se tivesses esta dor verdadeira, não te apressarias a reparar o mal que a causou e a voltar rapidamente à graça de Deus? Que dirias de um homem que se desente

Festa da Cátedra de São Pedro – 22 de Fevereiro

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A cadeira da verdade Viestes aqui na véspera do dia em que a Igreja celebra a festa da Cadeira de São Pedro em Roma. [...] Olhai para o púlpito de onde o primeiro papa se dirigiu aos primeiros cristãos, como eu me dirijo a vós neste momento: foi aqui que os exortou a estarem vigilantes contra o demónio, que, como um leão que ruge, ronda à nossa volta, procurando a quem devorar (cf 1Ped 5,8-9); foi aqui que os exortou a permanecerem firmes na fé, para não se deixarem levar pelos erros dos falsos profetas (cf 2Ped 2,1; 3,17). Estes ensinamentos de Pedro continuam nos seus sucessores e continuarão, inalterados, ao longo dos séculos, porque esta é a missão que o próprio Cristo confiou ao chefe da Igreja. Para sublinhar o carácter universal e indefetível deste ensinamento, a sede do primado espiritual foi, após uma preparação providencial, fixada na cidade de Roma. Segundo a observação do nosso predecessor São Leão Magno, Deus, pela sua Providência, reuniu os povos num único impé

Um Relógio quaresmal. Este é um tempo propício…

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Um Relógio quaresmal Hora da conversão É uma chamada para redescobrir a nossa origem. Vamos colocar a nossa vida cristã na hora certa. Hora da verdade Nós não caminhamos para o nada. O tempo da Quaresma coloca-nos em órbita para a Páscoa . Hora da caridade Sem obras a nossa fé fica coxa. Mas as nossas obras sem referência a Deus logo se esgotam. Hora do silêncio O silêncio é um bem escasso. Não se encontra em qualquer lugar nem se compra em qualquer estabelecimento. Hora da Palavra Como podemos encontrar o caminho se não deixarmos que o Senhor nos indique? Hora do jejum Acostumado a olhar o relógio para a hora da refeição, a Quaresma, paralisa-o. Faz-nos entender que a ansiedade não é boa conselheira para ter fome de Cristo. Hora da penitência Retificar é sábio, e moderar certos comportamentos nossos podem levar-nos a identificarmo-nos mais com Cristo. Hora da Confissão   A hora da confissão nos facilita um novo rosto: a alegria de nos sentirmos reconci

Bem-aventuranças para os tempos atuais

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De acordo com o Evangelho segundo Mateus , Jesus pregou as suas bem-aventuranças no Sermão da Montanha (Mt 5,1-12), e segundo o Evangelho segundo Lucas (6, 20-49), Jesus apresentou-as no Sermão da Planície . Jesus apresentou as bem-aventurança para ensinar e revelar aos homens a verdadeira felicidade. Apresentamos aqui “outras”, bem-aventuranças… também adequadas aos tempos atuais: 1. Bem-aventurado se não tens o teu coração exclusivamente focado na riqueza, na ânsia de ter. 2. Bem-aventurado se és manso. Entenderás que, a violência, só gera mais violência. 3. Bem-aventurado se sabes chorar. Quando até ti chegarem as horas amargas terás perto de ti alguém que te conforte e um lenço que enxuga as tuas lágrimas 4. Bem-aventurado se continuas a lutar pela justiça, irás ter o fruto da tua cumplicidade ou dos teus silêncios. 5. Bem-aventurado se não deixares ninguém corromper o teu coração; se, ao teu coração, lhe deres a limpeza do amor e o brilho da esperança. 6. Bem

A mochila quaresmal – um decálogo desafiante!

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1.- A garrafa do jejum Saboreia nestes quarenta dias um pouco mais a austeridade.  Vai-te fazer compreender e entender não só a solidariedade, mas também a caridade. Oferece o fruto do que evitas comer, aos mais necessitados. 2.- O livro do Evangelho Procura onde fores ler a Palavra de Deus.  Sentirás que, longe de ficares sozinho, Ele te acompanha. 3.- A corda da oração Distraídos e preocupados com mil situações esquecemos frequentemente de confiar as nossas ações, projetos e ilusões ao Senhor.  Há quanto tempo não falas com Ele sozinho? A pandemia não pode nos obcecar. A oração liberta. 4.- Um punhado de terra Para não esquecer que somos lama e que, só Deus, É Deus.  A cinza na Quaresma convida-nos a curvarmo-nos, a descer do pedestal da nossa autossuficiência para deixar Deus reinar com todas as consequências na nossa vida. 5.- Uma fita métrica Costumados a medir tudo, a Quaresma dá-nos uma possibilidade de trilhar um caminho: o trilho até à Páscoa.  Quantos me

Santos Cirilo, monge, e Metódio, bispo, co-padroeiros da Europa – 14 de fevereiro

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Santos Cirilo e Metódio Metódio e Cirilo nasceram na Macedónia e foram irmãos unidos pelo sangue, pela fé, pela vocação apostólica e até pela morte. Cirilo nasceu na Macedónia em 826 . Ainda jovem, foi levado a estudar em Constantinopla, capital do então Império Bizantino, onde se formou. Posteriormente, lecionou filosofia e foi diplomata junto aos árabes. Como o irmão, tornou-se monge. Metódio nasceu em 815 . Ainda jovem, foi nomeado governador da província da Macedónia Inferior, onde estavam estabelecidos os eslavos. Com trinta e oito anos, Metódio abandonou a carreira política e tornou-se monge, sendo seguido pelo irmão poucos anos depois. A missão apostólica dos dois irmãos começou em 861, quando foram enviados numa missão de conversão dos povos eslavos, de quem ambos tinham aprendido a língua e os costumes. Ambos souberam adaptar os rituais e ensinamentos cristãos à cultura e à língua eslavas, traduzindo para aquele idioma as Sagradas Escrituras e os textos li

Da Ceia do Senhor à Eucaristia da Igreja

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Última Ceia A Eucaristia da Igreja mergulha as suas raízes na Ceia de Jesus . Ao reunirem-se para celebrar a Refeição do Senhor , os cristãos comem do pão partido e bebem do cálice de vinho, depois de o sacerdote ter pronunciado, na oração de bênção, as palavras de Jesus: Tomai e comei, isto é o meu corpo. Bebei todos deste cálice: este é o meu sangue (Mt 26, 27). Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19). Memorial da última Ceia , a Eucaristia deveria ser marcada pela tristeza das despedidas do Mestre e do anúncio da sua morte próxima, morte que ela antecipava em mistério: o pão e o vinho tornam-se, de facto, o corpo entregue e o sangue derramado (Lc 22, 19-20). E, no entanto, a celebração desenrola-se em clima de alegria, é " eucaristia ", o que quer dizer, simultaneamente, bênção, louvor, ação de graças . É a repetição da refeição tomada por Jesus com os seus apóstolos, ao começar a sua paixão, e realiza-se à luz da Páscoa . A paixão dolorosa torn

As Cinco Chagas do Senhor – 7 de fevereiro

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Cinco Chagas de Cristo ( Livro de Orações de Waldburg, 1486, fol 11r ) Fonte As Cinco Chagas do Senhor O culto das Cinco Chagas do Senhor , isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolo s depois da ressurreição, foi uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referentes a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que, tradicionalmente, relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo . (1) “ Vós, tenro e novo ramo florescente De uma árvore de Cristo mais amada Que nenhuma nascida no Ocidente, Cesárea ou Cristianíssima chamada; (Vede-o no vosso escudo, que presente Vos amostra a vitória já passada, Na qual vos deu por armas, e deixou As que Ele para Si na Cruz tomou) ” (Os Lusíadas, Canto 1, estância 7). “As Chagas representam a totalidade da Paixão e mais ainda da Ressurreição. Esta festa faz-nos reviver o mistéri